sábado, 29 de outubro de 2011

PESQUISA NO POÇO ENCANTADO - Chapada Diamantina/Bahia

                                                                                                         Fonte: Viaje Aqui

                                                          


                                                                                                                   Fonte: Jornal A Comarca

A exploração foi realizada pelos paleontólogos da PUC de Minas Gerais, Mauro Chagas. Castor Cartelle Guerra, De Iuliis  e mergulhadores.

Foram retirados do fundo do Poço Azul quatro esqueletos de preguiças gigantes (ermotherium) num sítio do município de Nova Redenção, “na Chapada Diamantina e levados para o museu da PUC em Belo Horizonte, Minas Gerais.

A notícia é do documentário “O Brasil da Pré-História” e saiu na SINAPSE da Folha de S. Paulo com fotos de Daniel Carneiro em 10/07/2005 e foi produzido um vídeo pela GRIFA MIXER sob a direção Maurício Dias e Túlio Schargel.

O geólogo Ivo Karmann do Instituto de Geociências da USP acompanhou os trabalhos dos pesquisadores da megafauna brasileira.

Entretanto os órgãos competentes do governo da Bahia, nem secretários estaduais ou municipais foram comunicados de tal fato.
 
                                             NOTÍCIA

Terra de gigantes: Paleontólogos e documentaristas se unem para recriar as preguiças terrícolas que dominaram o Brasil Central.


Esqueleto praticamente completo desse bicho de cinco toneladas é o achado que mais chama a atenção numa caverna da Chapada Diamantina, no interior da Bahia – mas nem de longe é o mais significativo, Reinaldo José Lopes escreve de Lençóis, Bahia, para a “Folha de SP”:
Com as mãos ainda meio empapadas de sedimento úmido, o paleontólogo Cartelle Guerra mal consegue conter um sorriso malandro ao mostrar aos visitantes o tesouro que vem amealhando depois de algumas semanas de escavação.
“Essa aqui ainda era de menor”, diz, errando de propósito no português, “e provavelmente era uma linda menina.”
Um desavisado provavelmente ia coçar a cabeça em total incredulidade diante de uma frase dessas: afinal, a expressão “de menor” se refere a um úmero (o osso do antebraço) ridiculamente maciço, com 1,5 m. E a “mocinha” em questão é uma preguiça gigante.
Mauro Chagas, colega de Cartelle na PUC/Minas e curador de paleontologia de mamíferos no museu da instituição, logo explica a piada.
As extremidades dos ossos do bicho (que devia ter uns 4,5 m de comprimento e várias toneladas quando vivo) ainda não estavam totalmente soldadas quando ele morreu – ainda havia tecido cartilaginoso na ponta, o que significa que a “garota” ainda estava em fase de crescimento antes de partir desta para uma melhor.
Talvez atingisse os 6 m pelos quais sua espécie, a Eremotherium laurillardi, é famosa.
Um esqueleto praticamente completo desse bicho de cinco toneladas é o achado que mais chama a atenção entre os feitos pelos pesquisadores numa caverna da chapada Diamantina, no interior da Bahia – mas nem de longe é o mais significativo.

Cartelle, Chagas e seus colegas estão tirando do Poço Azul, como é conhecido o sítio do município de Nova Redenção, um verdadeiro zoológico brasileiro da Era do Gelo.
São quatro espécies só de preguiças gigantes –duas das quais devem ganhar novas denominações científicas graças aos fósseis da gruta, afirmam os pesquisadores.
Além da reviravolta científica, a equipe também é a estrela de um documentário atualmente em produção, “O Brasil da Pré-História – Expedição Preguiça Gigante” (leia texto na próxima página).
Com os novos achados do Poço Azul e as reconstruções digitais da criatura que o filme incluirá, tudo indica que esses animais majestosos serão trazidos de volta à vida com um grau de detalhe sem precedentes.
Embora nem uma só espécie tenha sobrado para contar a história hoje, as preguiças gigantes, ou terrícolas (de hábitos terrestres), como também são chamadas, são um dos grupos mais diversificados e bem-sucedidos entre os mamíferos das Américas.
Aliás, pode-se dizer que são produto genuinamente nacional (ou, pelo menos, sul-americano), já que evoluíram no Brasil e nos países vizinhos quando a América do Sul ainda era um continente-ilha.
Dos primeiros registros fósseis no Eoceno (há 50 milhões de anos), o grupo foi crescendo em tamanho e variedade.
Durante o lento processo geológico no qual a América Central surgiu, formando uma ponte entre a América do Sul e a América do Norte, os mamíferos dos dois continentes participaram de um gigantesco troca-troca, o chamado Grande Intercâmbio Faunístico, cujo auge aconteceu há uns 3 milhões de anos.
Não há prova mais clara dessa versatilidade evolutiva do que a “escadinha” de preguiças tirada do Poço Azul pela equipe.
Da grandalhona Eremotherium, com volume (“embora não as proporções do corpo”, ressalva Cartelle) de um elefante africano moderno, chega-se à relativamente diminuta Nothrotherium, que tinha o tamanho de uma ovelha e não passava dos 50 kg.
A “escadinha” também inclui duas espécies com dimensões intermediárias, entre um boi e um burro modernos, que estão sendo revistas por Chagas, Cartelle e seu colega canadense Gerry De Iuliis, da Universidade de Toronto.
O conjunto é uma boa amostra da fauna do cerrado no fim do Pleistoceno (a Era Glacial, que se encerrou há apenas 10 mil anos) e está acompanhado de mais dez espécies extintas e modernas já recuperadas do Poço Azul.
Os tamanhos variados também são um indício de estilos de vida diferentes, embora todos os bichos fossem herbívoros lentos e pacíficos.
Em geral, vagariam pelo chão, sobre quatro patas, mas seriam capazes de ficar eretas com a ajuda da cauda.
As grandes garras do Eremotherium ajudariam na defesa e para arrancar galhos e folhas das árvores.
Cartelle afirma que uma das espécies “redefinidas” pelos achados deverá pertencer ao gênero Valgipes, enquanto a outra ainda deverá ser definida com as descobertas na chapada, entre elas as mãos e os pés do bicho.
A vantagem é que a definição de espécie se torna mais abrangente e confiável do que costumava ser nos tempos heróicos (bem, não tão heróicos) da paleontologia.
”Antigamente, era mania você sair dando nome a qualquer ossinho. Isso não está mais com nada”, debocha Cartelle. A mania, aliás, chegou a produzir alguns momentos no mínimo bizarros.
Basta dizer que a espécie Valgipes deformis foi originalmente batizada, nos idos de 1864, com base num único calcâneo (osso do pé), que ainda por cima era considerado deformado (daí o nome de espécie do bicho em latim).
As mandíbulas praticamente completas de Eremotherium vindas do poço azul também ajudam a mostrar porque as preguiças estavam entre os herbívoros mais bem-sucedidos de seu tempo.
Os dentes, enormes e sem esmalte, cresciam sem parar e tinham raiz aberta.
Os de cima, em formato de cunha dupla, se encaixavam exatamente nos de baixo, formando a plataforma ideal para prensar vegetais –principalmente grama, na opinião de Cartelle.
Depois de vasculhar a bancada, Chagas volta com outro tesouro: o martelo e a bigorna, ossinhos do ouvido médio do bicho.
São os ossos definidores de todos os mamíferos, já que não existem entre os répteis – e a prova de que a “mocinha” era parente de um certo Homo sapiens. 
                             
                                 (Reinaldo José Lopes viajou a Lençóis, Bahia, a convite      da produtora Grifa Mixer) - Folha de SP, Mais!, 10/7.


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A REDAÇÃO DO TCC ou MONOGRAFIA

  PARTE
                  
Redigir o texto do trabalho monográfico é produzir as três partes que o compõem: a Introdução, o Desenvolvimento e a Conclusão.
        1a - A Introdução tem como finalidade fazer o leitor conhecer o objeto do estudo realizado, ou seja, o assunto temático, como foi delimitado e problematizado e a relevância da pesquisa a ser efetuada sobre ele e qual é o ponto de vista do pesquisador ao tratá-lo.
As respostas às seguintes perguntas ajudarão bastante a compor a Introdução:
- Qual é  o assunto temático a estudar ou a pesquisar ?  (O tema escolhido)
- Qual o problema que motivou a estudá-lo ou pesquisá-lo ? (Situação-problema).
       - Como ficou reduzido o campo de estudo ?  (Delimitação do assunto).
       - Quais os motivos que determinaram a escolha do tema? (Justificativas de escolha).
- Qual o ponto de vista tomado sobre o tema ? ( A tese a defender).
- Quais as fontes e teorias que serviram de apoio?  (Bibliografia e autores  consultados)
- Que se pretende alcançar com este estudo ?  (Objetivos pretendidos).

2a – O Desenvolvimento é formado pelas explicações sobre as hipóteses formuladas acerca do problema e os procedimentos a utilizar no tratamento dos dados e informações obtidos para testá-las e comprová-las. 
Os tópicos explicitados no Desenvolvimento poderão ser divididos em capítulos ou  itens  articulados entre si, mantendo coerência com a idéia central  e conservando a harmonia do todo o texto redigido.

Algumas perguntas podem ajudar a elaborar esta parte, como:
        - Quais são as hipóteses formuladas sobre as prováveis causas  da situação problema  ?
        -   Que procedimentos usar para comprovar a veracidade ou não das hipóteses ou suposições ?
        -   Em quais referências fundamentar o ponto de vista ou tese sobre o assunto ?
 -  Em que argumentos apoiar as  idéias a serem expostas sobre o tema ?

O desenvolvimento destina-se a apresentar explicações e fundamentações sobre o assunto, a discutir e comprovar o tema por meio de argumentos importantes que justifiquem e esclareçam o assunto e a conduzir as hipóteses a deduções, constituindo assim,  um texto com conteúdo lógico e coerente.
O Desenvolvimento é a parte principal e mais longa do trabalho, pois destina-se a ampliar as reflexões sobre o tema e a discutir o ponto de vista assumido, tudo fundamentado em opiniões de estudiosos do assunto e apoiado sempre em experiências práticas e em argumentações de evidência ou da lógica.
Argumentar é discutir, é raciocinar para poder deduzir alguma conclusão ou para defender determinadas idéias ou certa posição tomada e poder convencer o leitor a respeito do que diz.

3a – A Conclusão.  É o encerramento do trabalho por meio de uma síntese de tudo que foi dito nele. 
Para fazer o resumo do corpo do trabalho monográfico retoma-se a visão da introdução sintetizando todas as demais idéias apresentadas relacionadas ao tema. Nela pode-se apresentar ainda:
      Deduções a serem tiradas, como:
-  novos saberes, ou explicações adquiridos sobre o tema. 
-  descoberta das causas do problema e soluções para ele. 
        -  medidas para prever, prevenir e solucionar os efeitos do problema.
        -  leis ou princípios que determinam os fatos ou problemas estudados.

      Deduz-se do estudo do tema  tudo aquilo que foi confirmado pelos dados obtidos e serviu:
                - para melhor explicar a causa do fato ou problema temático, objeto do estudo;
                - para dar mais informações e trazer conhecimentos novos sobre o foi pesquisado;
                - para ser aplicado também, na solução de problemas idênticos que possam surgir.
      Sugestões de medidas a serem tomadas a critério dos autores e de acordo com o tema estudado.

                          CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Convém encerrar o texto com breve comentário sobre as vantagens e dificuldades encontradas em realizar o trabalho e quanto seu  conteúdo valeu para adquirir importantes conhecimentos, como sua organização possibilitou pôr em prática conceitos teóricos da metodologia Científica.

domingo, 16 de outubro de 2011

2a PARTE MONOGRAFIA

                                           2ª PARTE

                                 O PROBLEMA

Costuma-se dizer que “sem problema não é possível realizar um trabalho de pesquisa”, ou seja uma Monografia ou TCC.
Isto porque a pesquisa, só poderá concretizar-se quando o assunto temático apresentar dificuldade, ou nele há alguma coisa que preocupe, algo indesejado, ou duvidoso.
Qualquer situação problemática gera, de imediato, no pesquisador, a pergunta: por quê? Este porquê vem acompanhado do desejo do pesquisador investigar, buscar soluções.
-         O primeiro passo a ser dado na procura de soluções é formular hipóteses ou suposições sobre as causas do problema sem se preocupar se são ou não verídicas;
-         Para comprovar quais das hipóteses são aceitáveis utilizam-se os métodos da busca de informações e dados;
-         Os dados obtidos serão analisados e comparados em tabela estatística de valores e de porcentagens;
-         As porcentagens dos dados mostrarão as hipóteses verídicas, portanto  as causas pováveis que são provocadoras do problema.
-         Estas causas serão objeto de estudo para serem afastadas e assim será solucionada a situação-problema.

Quando não se trata de tema-problema, será necessário problematizá-lo, ou seja, procurar nele algum aspecto preocupante que possibilite sua investigação pelos métodos da ciência.
Será necessário formular o tema como problema como condição fundamental e indispensável da pesquisa.

Como, quase sempre os iniciantes encontram dificuldade em problematizar o enunciado de um tema que parece não apresentar anormalidade, aqui vão algumas dicas.
1    – Seja seu tema “Os alunos e a leitura”. Formule-o na forma de indagação, ou questione-o.
Exemplo.  “Por que os alunos do  Ensino Fundamental não têm hábito de leitura?”.  
Problema: “É insatisfatório o hábito de leitura entre alunos do E.F.”
                       
2 – Descubrir algo que preocupa e precisa  ser melhorado em relação a este outro tema: “A avaliação escolar na 5a Série”.
Problema: “A avaliação não traduz o real aproveitamento da 5a Série”.
                       
3 - Descobrir variáveis, isto é, alternativas, ou aspectos diversas relacionadas ao problema e suscetíveis de serem verificadas e avaliadas no tema seguinte:“Situação do ensino no Município X. 
Podem ser: “O ensino não atende às expectativas dos alunos”, ou “Os métodos usados no ensino não são eficientes“Os docentes não têm boa qualificação”
As Variantes podem ser: expectativas, métodos e conteúdos defasados, qualificação dos docentes.
       








                                                 USE ESTE DIAGRAMA
                                     PARA IDENTIFICAR O PROBLEMA.

           Exemplo de Tema: “O rendimento escolar dos alunos das 5a Séries”
PREPARAÇÃO      Fazer um diagnóstico bem detalhado destinado a
                                levantar dados  sobre a real situação existente na
                                Escola X para conhecer bem  qual é a relação entre:
                                             CAUSAS                                    EFEITOS
                          

                                              
O PROBLEMA        Resultado: É insatisfatório o rendimento escolar dos 
(Efeito)                      alunos no processo ensino-aprendizagem na 5a Série
 


(Causas)
(hipóteses)
Carência de capacitação            Planejamento escolar            Pouca motivação dos
ou de treinamento  ade-             não integrado,  nem             alunos pelo estudo e por 
quado dos professores.               bastante participativo.         atividades escolares.
 


(Variáveis)
              São poucos os Cursos                                                  Falta dar condições aos
                  treinamento e de                                                    alunos para se envolverem
              atualização pedagógica.                                                na  própria formação.

           É insuficiente a renovação                                          São precárias e incompletas
           da metodologia didática.                                             as condições físicas escolares
                                                                                                                         

Há pouco recurso didático                                          Não há participação efetiva                          de apoio disponível.                                                         dos pais  na vida  da escola.

                                        OS  OBJETIVOS  DO  TRABALHO

Os objetivos devem representar expectativas daquilo que se espera do estudo ou da pesquisa a ser feita. Defini-los consiste, basicamente, em dizer aquilo que se quer atingir ou quais atitudes a assumir em  certo momento ou ao término do estudo do assunto, uma vez que eles devem expressar resultados ou modificações a obter quando se realizam  certas atividades.
Os objetivos de uma Pesquisa são alvos, portanto, propósitos definidos ou resultados previamente estabelecidos a serem almejados e podem ser de dois tipos: 

                                     Objetivos Gerais.

São sempre relacionados com o tema de forma abrangente propondo estudos mais aprofundados pela pesquisa e que devem traduzir atributos ou atitudes observáveis ou mesmo mensuráveis a conseguir com o estudo ou trabalho.
Os objetivos gerais ou abrangentes propõem o que se quer alcançar, em nível mais amplo.
A enunciação  dos objetivos gerais deve estar sempre relacionada com o problema temático e pode ser a própria enunciação invertida do problema que se quer estudar ou pesquisar.
Sirva de exemplo este tema problematizado: “A metodologia usada por aquele professor para alfabetizar está ultrapassada”.
Invertendo a enunciação temos o objetivo: “Descobrir ou Incentivar o uso de metodologia mais atualizada e eficiente  para alfabetizar”.
                                
Os Objetivos Gerais são expressos por verbos de sentido amplo, indefinido, como: esclarecer, fundamentar, possibilitar, demonstrar, aprofundar, promover, motivar, apresentar comprovar, caracterizar, desenvolver, melhorar, apoiar, fomentar, resolver, viabilizar, solucionar, sondar, conscientizar, propor, determinar, indicar, estimular, fortalecer, contribuir,  possibilitar, desenvolver, transformar, informar, facilitar, etc.

 Eles serão explicados, detalhados ou explicitados pelos Objetivos Específicos.

Exemplo. Seja este Objetivo Geral: “Aplicar novas estratégias à alfabetização de crianças em escolas da zona rural”.
Como conseguir isso ? Formulando Objetivos Específicos, como estes:
  1 - Consultar bibliografia atualizada sobre experiências de alfabetização realizadas em áreas rurais,  de....
            2 - Colher informações e depoimentos de professores que  atuam em alfabetização.
            3 - Testar métodos criativos experimentais com utilização de letra de músicas, de poesias, de desenhos e de jogos conhecidos pelas crianças do campo.


Objetivos Específicos.  

Os objetivos específicos, também chamados estratégias, são atividades ou operações concretas a realizar que explicitam aquilo que se quer alcançar, ou traduzam procedimentos, ou  modos como fazer para atingir os Objetivos Gerais.
Exemplo: “quero estudar”.  É um objetivo fim.
                “Como fazer para estudar? É um meio ou estratégia para chegar a um fim.      
Os Objetivos Específicos descrevem de maneira clara o que deve ser feito para atingir o objetivo geral, como os alvos a serem atingidos  no tempo e no espaço pela investigação ou as características a observar, medir, explicar, definir ou comprovar.

Cada Objetivo Específico traduz ações ou atividades destinadas a produzir resultados a serem verificados.
Expressam-se por verbos que indicam atitudes ou ações, realizações ou verbos que identificam características, como:
Aumentar, diminuir, melhorar, apresentar, enunciar, estabelecer, introduzir, adquirir, elaborar, descobrir, mostrar, construir, definir, identificar, mudar, traduzir, desempenhar, realizar, facilitar, diferenciar, aplicar, demonstrar,  completar, reduzir, aplicar, comparar, comprovar, desenvolver, promover,  estimular.

AS FONTES DA PESQUISA

A primeira preocupação na realização do trabalho devem ser as fontes onde se pode conseguir informações a respeito desse tema e que sirvam de apoio e fundamento teórico às idéias que vão ser expostas na redação do texto e onde coletar dados concretos que  ajudem a argumentar nossas idéias e afirmações.

Para tanto convém direcionar o trabalho para dois caminhos:
        1 – Pesquisa bibliográfica onde buscar autores conhecidos que já trataram do assunto e de cujas obras podem ser feitas transcrições que servirão de referências.
Para isso serão utilizados os procedimentos: leitura de livros, revistas, jornais, documentos, relatórios e arquivos com as técnicas especificas aplicadas.

2 –    Pesquisa descritiva de campo realizada em um local escolhido.
Ali serão realizadas: Observação de casos, fatos, etc Entrevistas, consultas, reuniões, conversas, aplicação de  questionários, gravações, tirar fotos, colher dados importantes.

O que se deve fazer com o resultado desse trabalho todo será explicado na próxima Etapa.

domingo, 9 de outubro de 2011

COMO ELABORAR Monografia ou Trabalho de final de Curso - 1ª Parte

NOTA - Para atender a muitos amigos e alunos que me pedem para auxiliá-los na elaboração de TCCs, Monografias, Teses, passo a publicar aqui no meu Blog, HAJA LUZ, algumas informações válidas sobre o assunto. 

COMO ELABORAR
Monografia ou Trabalho de final de Curso
                                                1ª Parte
Ao iniciar um trabalho monográfico, como atividade acadêmica,  uma coisa deve preocupar: Como fazê-lo para ser uma realização científica? O que deve conter para ser assim avaliado? Quando um trabalho deste tipo pode gerar ciência ?
Para dar respostas a estas dúvidas deve-se tomar como ponto de partida o sentido exato do que é Ciência e como produzi-la.

De acordo com o que pensam vários autores e os diversos conceitos existentes pode-se concluir que, em sentido geral,
“Ciência é um conjunto organizado de conhecimentos obtidos por métodos próprios sobre determinado objeto”.
Em sentido restrito, “Ciência é um sistema de proposições, normas e métodos rigorosamente demonstrados como válidos, usados para chegar ao conhecimento de uma certa realidade, ou fato   selecionado como seu objeto de estudo”.

Destes conceitos se deduz que para que haja ciência num trabalho quatro coisas são necessárias:  
    - a importâcia do objeto a ser abordado;
    - o objetivo a atingir e o conhecimento a obter;
    - os métodos a empregar para atingir o objetivo;
    - o resultado científico a ser conseguido.

Resumindo: só há um único caminho, tratar o tema de maneira sistematizada utilizando métodos e procedimentos  específicos já consagrados pela ciência, para conseguir um domínio mais completo dele. 

Diante disto o professor orientador da monografia só poderá considerar um trabalho acadêmico como científico quando ele representar a aplicação de um estudo com pesquisa sobre o assunto escolhido como tema, pois ele além de ajudar a construir e ampliar os saberes, possibilitará também entendê-lo melhor  para explicá-lo e desenvolvê-lo.
Além disto, ao longo do trabalho deve mostrar como foi feita a abordagem temática, não apenas no seu aspecto empírico, pela obtenção de informações que estavam ao alcance da percepção dos sentidos, ou seja, como ele se apresenta na realidade, mas também no ponto de vista teórico, baseado naquilo que autores especialistas e conhecedores já escreveram sobre ele.

Desta forma, o sentido de “TRABALHO CIENTÍFICO” estará evidenciado em três coisas que ele deve apresentar:
1o o objeto do estudo – que é o tema escolhido por ato consciente para ser abordado e tratado no estudo e na pesquisa em seus aspectos específicos e particulares, de maneira formal e sistematizada, isto é, de acordo com modelos e normas existentes.
  o  método científico usado – que é o caminho traçado, ou a maneira como foram utilizadas várias técnicas específicas para chegar, ou alcançar o fim pretendido, entre elas a formulação dos objetivos, a observação, as hipóteses, a investigação, a coleta de dados a  serem testadas, a análise e interpretação de resultados.
os resultados alcançados com o trabalho – que são: melhor compreensão e conhecimento do tema para poder explicar e descrever e estabelecer relações entre causas e problemas que levem a formular conclusões sobre o objeto.  

Estes três elementos são fundamentais para dar credibilidade à realização de qualquer proposta de pesquisa, uma vez que ela representa, não somente o verdadeiro sentido de ciência, mas trabalho científico, aqui considerado como “o conjunto de procedimentos e técnicas utilizadas na realização da verdadeira investigação sobre o tema que possibilita descrevê-lo e conhecê-lo melhor, objetivo este que se pretendia alcançar”.

Vê-se que a ciência tem caráter sistemático, quer dizer, resulta da aplicação lógica do método científico de acordo com modelos e sistemas dentro de certas normas, para tentar chegar a descrever, interpretar e dar explicações aceitáveis sobre uma realidade observada (tema). 

A característica principal do processo metodológico usada é a indutiva ou verificável, uma vez que partiu da observação dos fatos e problemas concretos existentes relacionados ao tema, para projetar hipóteses sobre as causas deles, coletar informações e dados que comprovassem as hipóteses formuladas e assim poder chegar a resultados esclarecedores a respeito delas e que permitam tirar conclusões. 

Quem vai avaliar o Trabalho Monográfico precisa saber que o valor de qualquer trabalho científico não está apenas nos resultados a alcançar, mas está sobretudo nos métodos empregados para chegar ao conhecimento de alguma coisa.

                                COMO ESCOLHER O TEMA?

Convém realizar um diagnóstico em várias áreas de estudo já contatadas e observadas, para levantar o perfil real de situações contextuais que despertem o gosto ou interesse por algum tema-problema e que devem ser anotadas detalhadamente, para analisar.
Recordo que meu professor de Semiologia da PUCC, no Curso de Mestrado, vivia me perguntando se já havia escolhido meu tema, e respondia-lhe que não tinha ainda decidido. Um dia indaguei-o  se podia me explicar um comercial que vi na TV e após descrevê-lo respondeu-me: não explicarei, você é que vai explicá-lo para mim. Esse será seu tema. Dias após trouxe seis livros em inglês, francês, espanhol e disse-me:
- Vá lendo, anotando que eu lhe darei orientação.
Eu que tanto  pensava na área de Linguística acabei fazendo   minha Tese sobre Semiologia em 180 páginas.

A decisão da escolha do tema deve estar relacionada a algum aspecto-problemático que despertou a curiosidade, ou interesse, ou que mostre certa dificuldade em identificar suas causas e a buscar soluções, dentro das possibilidades que se tem.
Sobretudo, as razões ou motivos da escolha do tema, devem ser:
- que seja um assunto que quer conhecer melhor através de  pesquisa e que venha mostrar várias relações de conhecimentos;

-  que dele já se tenha algum conhecimento ou vivência na vida diária, ou em virtude de algum contato já mantido com ele no exercício de profissão;

- que seja considerado importante para ser mais estudado e abordado, por sua sua significação social e por  estar intimamente relacionado com áreas de trabalho;

- que seja viável para ser tratado tanto no acesso fácil e nas informações e dados necessários à sua investigação, ou  por já se ter certo conhecimento preliminar sobre ele; 

- que sua abordagem se torne um desafio ao permitir pôr em prática os métodos científicos estudados e a pesquisa bibliográfica para compreendê-lo melhor;

- que posssibilite põr em prática os conhecimentos teóricos de que se dispõe para tratá-lo como assunto temático e de acordo com as competências pessoais;

- que facilite seu estudo sob o aspecto problemático como se apresenta para poder serem aplicadas hipóteses as quais  ajudarão a pesquisa e chegar a descobrir soluções.

                         DELIMITAÇÃO TEMÁTICA

Delimitar ou Cortar um assunto temático é reduzir a área do estudo, portanto será restringir e especificar a dimensão da pesquisa em termos de espaço, de circunstâncias, de aspecto e interesse,  o que facilitará muito o trabalho e não possibilitará informações dispersivas, nem perda de tempo.
A delimitação pode ocorrer de dois modos:
1 - Quanto ao objeto da pesquisa (o tema) do qual se quer saber algo.
Exemplo. Seja o assunto temático bem amplo como um destes:
A humanidade, A terceira idade, A pobreza, A guerra,  A juventude, a Infância, etc.
Escolhe-se um como: A juventude.

2 – Quanto ao conteúdo da pesquisa, ou melhor, o que se quer saber a respeito do tema “Juventude” já delimitado.
Exemplo. Delimitando o objeto da pesquisa escolheu-se: “Juventude esportista”. Assim será facilitada a pesquisa sobre o que se deseja saber sobre esse aspeto ou categoria.

Obervação: O campo aberto pelo “objeto da pesquisa” escolhido  indicará grande assunto a ser explorado, enquanto que se for delimitado fica menor o campo a ser pesquisado e torna-se mais fácil procurar dados e informações sobre ele.