Deus, após criar os anjos do céu, fez o universo, separou as águas das terras, povoou os continentes de vida animal e vegetal e disse:
- Tudo perfeito. Agora preciso de alguém para cuidar e administrar tudo.
E criou o homem.
Mas viu que o homem sentiu-se sozinho e triste diante dessas maravilhas.
E resolveu produzir algo maravilhoso para lhe fazer companhia.
E criou o anjo-mãe.
Com eles dividiu seu poder de gerar e multiplicar os seres humanos na terra para povoá-la e saber tirar proveito de tudo sem maltratar.
Depois, Deus contemplou a criatura-mãe e achou-a tão perfeita que ele mesmo também, quis ter uma.
E criou sua Mãe Maria!
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“Se ainda não derramaste a lágrima mais amarga de tua vida, conserva-a para quando perderes tua mãe”.
RELEMBRANDO ...
Na década de cinquenta, eu cursava Letras Neolatinas na Faculdade e ali tinha um colega que muito admirava por ser poeta maravilhoso.
Era cearense da gema e sempre participava de nossos eventos. seu nome nunca esqueci, nem esquecerei - ROGACIANO LEITE.
Aproximava-se o mês de Maio e brincando com o nome ROGAMOS-lhe, insistentemente que escrevesse uma poesia em homenagem ao Dia das Mães, para ser recitada pelos alunos em nossas escolas.
Dias depois, para surpresa nossa, deixou-nos este belo soneto que guardo até hoje como uma jóia rara, não importa onde esteja este antigo amigo.
A MINHA MÃE
Eu nunca escrevi nada que falasse
Diretamente de Mamãe – que crime!
Porque nunca encontrei algo sublime,
Que á minha santa mãe se comparasse.
Tudo que vive, tudo quanto nasce,
Tudo que é belo e só bondade exprime,
Não me oferece um termo com que mime
De minha mãe a veneranda face.
E mesmo que um vocábulo eu achasse,
Era preciso transformá-lo em flores
E as flores todas transformá-las em prece,
Para guardar entre súplicas e olores,
Todas as preces que Mamãe rezasse,
Todas as frases que Mamãe dissesse!
( Rogaciano Leite - 1951 )