segunda-feira, 10 de junho de 2013

ELE É CARIOCA

Em escritura registrada em cartório, autor do projeto do Cristo cedeu à Igreja os direitos autorais da obra.

RIO - Em sua edição vespertina das 18h, no dia 12 de outubro de 1931, a notícia da inauguração da maravilha de 1.145 toneladas, revestida por pequenos triângulos de pedra-sabão, ocupava toda a primeira página do GLOBO. A manchete do jornal reproduzia as palavras do então cardeal-arcebispo do Rio, dom Sebastião Leme, ao aspergir água-benta na base do monumento: "Christo reina, impera e livrará o Brasil de todos os males". Com a presença de Getúlio Vargas, chefe do governo provisório, a solenidade foi o ponto alto de uma intensa programação, que começou no dia 4 e só acabou na noite de 12 de outubro, quando o Cristo foi iluminado, entrando definitivamente para a história da cidade. Uma das sete novas maravilhas do mundo, a estátua de 30 metros de altura, erguida em concreto armado sobre um pedestal de oito metros no alto do Corcovado, 710 metros acima do nível do mar, faz 80 anos nesta quarta-feira, mais brasileira e carioca do que nunca.

 A cerimônia de inauguração do Cristo no alto do Corcovado.
                                  (Reprodução e acervo Eloy D’ Ecanio)

Afinal, o Cristo foi imaginado em 1921 para festejar o centenário da Independência do Brasil (1922), mas o prazo exíguo impediu que ficasse pronto a tempo. Foram cinco anos para obter autorizações, escolher e detalhar o projeto. E mais cinco para erguer a estátua. Ele foi construído com dinheiro dos brasileiros, arrecadado através de uma campanha liderada por dom Sebastião Leme, considerado "a alma do monumento". Documentos inéditos obtidos pelo GLOBO e fotos da época mostram que a construção seguiu a concepção do engenheiro e arquiteto carioca Heitor da Silva Costa. O projeto original, escolhido em concurso promovido pelo Círculo Católico - associação que reunia leigos católicos - apresentava o Cristo segurando o globo terrestre na mão direita e uma cruz na esquerda, mas foi modificado pelo próprio Silva Costa, a pedido da Igreja.

Os cuidados da Igreja para resguardar direitos sobre o Cristo levou à elaboração de uma escritura pública. É o documento, assinado por Silva Costa em cartório, em 26 de junho de 1925, que, segundo a diretora jurídica da Arquidiocese do Rio, Claudine Milione Dutra, põe por terra o pleito de parte da família do escultor francês Paul Landowski - um dos colaboradores do monumento - que reivindica na Justiça direitos sobre a imagem do Cristo.
Na cláusula segunda da escritura, o construtor cede os direitos autorais do projeto à Comissão do Monumento ao Cristo Redentor, sucedida pela Ordem Arquidiocesana do Cristo Redentor e pela Mitra Episcopal do Rio. A cláusula seguinte trata da contratação do escultor: obrigava Silva Costa a obter a transferência dos direitos autorais de Landowski para a comissão, sob pena de rescisão do contrato.
- Os direitos morais daqueles que colaboraram na construção estão preservados. Porém, os outros direitos foram cedidos à Arquidiocese - diz Claudine. Se são grandes as dificuldades que enfrentamos, maior será a fama dessa obra colossal.
O Cristo é resultado de um trabalho de equipe. Silva Costa é autor do projeto e construtor.
Os desenhos levam a assinatura do pintor e gravurista Carlos Oswald. O engenheiro Heitor Levy foi o mestre geral. Pedro Fernandes Vianna da Silva, homem de confiança da igreja, ficou responsável pela fiscalização.
Em 1924, com desenhos, estudos e maquete nas mãos, Silva Costa esteve na Alemanha, na Itália e na França. Optou por contratar Landowski. Ainda em Paris, escolheu Albert Caquot para os cálculos estruturais.
Esculpidos em tamanho natural por Landowski na França, os moldes da cabeça e das mãos foram enviados ao Brasil em pedaços. No sítio de Levy, em São Gonçalo, foram transformados em peças de concreto. Para Landowski, foi encomendada ainda uma maquete de gesso com quatro metros de altura, que, cortada em pequenas peças, permitiu a ampliação da estátua para o modelo final, reproduzido em 16 quilômetros de plantas.
Embora o Cristo e o Corcovado pareçam inseparáveis, o monumento poderia estar hoje no alto do Pão de Açúcar, se tivesse prosperado a primeira sugestão do general Pedro Carolino Pinto de Almeida, numa assembleia do Círculo Católico. Poderia ter sido construído ainda no Morro de Santo Antônio, no Centro. Com a escolha do Corcovado, o mirante conhecido como Chapéu do Sol, que ficava no alto do morro, precisou ser remanejado para uma área próxima. Na década de 40, a estrutura foi desmontada e removida.
Nos mapas do século XVI, o morro onde foi erguido o Cristo era chamado de Pináculo da Tentação, termo criado por navegadores em alusão ao monte onde o demônio teria tentado Jesus pela segunda vez. O nome atual surgiu no século XVIII. O padre lazarista francês Pierre Marie Boss, que aportou no Rio em 1859, foi o primeiro a lançar a ideia de um Cristo no Corcovado. No livro "Corcovado, a montanha de Deus", Jorge Scévola de Semenovitch conta que, nos últimos anos do Império, Boss levou a sugestão à princesa Isabel. O padre morreu em 1916 sem ver seu sonho concretizado.
Símbolo inconteste da cidade do Rio de Janeiro, o Cristo foi eleito, em 2007, uma das sete novas maravilhas do mundo. E hoje figura ao lado da Grande Muralha da China; da cidade helenística de Petra, na Jordânia; da cidade inca de Machu Picchu, no Peru; da pirâmide de Chichen Itzá, no México; do Coliseu, em Roma; e do Taj Mahal, na Índia. Há cinco anos, ele é também um santuário.
- Hoje, o Cristo integra as forças turística, ecológica e religiosa - diz o padre Omar Raposo, reitor do santuário.
Para o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, 80 anos depois de sua inauguração, a simbologia do monumento mudou:
- Uma coisa era o período pós-Primeira Guerra Mundial. Hoje, há preocupação com a violência, a inconstância. No dia 12, vamos recordar que, neste mundo de tantas controvérsias, de tamanha violência, temos alguém que é colocado no alto do Corcovado, num sinal de acolhimento, de vida, de salvação e de preocupação com o outro.

Publicada em 06/10/2011 às 21h04m
Ludmilla de Lima (ludmilla.lima@oglobo.com.br) e Selma Schmidt (selma@oglobo.com.br)



domingo, 28 de abril de 2013

CURIOSIDADES VIII


HOMENAGEM AO ANIVERSÁRIO
DO CORREIO AÉREO NACIONAL.

OS PRIMEIROS TEMPOS.
No dia 12 de junho de 1931, os Tenentes Casimiro Montenegro Filho e Nelson Freire Lavenère-Wanderley, da Aviação Militar, fizeram a primeira viagem, em um avião Curtiss “Fledgling”, de matrícula K-263, levando uma mala postal, com duas cartas, do Rio de Janeiro para São Paulo.
Eles enfrentaram dificuldades nesse vôo pioneiro: devido a um forte vento, a duração da viagem aumentou em duas horas. Chegaram a São Paulo cinco horas e meia após a decolagem do Campo dos Afonsos.               Como era noite e não conseguiram localizar o Campo de Marte, aterrissaram na pista do Jockey Club da Moóca. Depois, tomaram um táxi até a estação central dos Correios, entregando lá a mala postal.
Esta operação aérea inaugurava o famoso Correio Aéreo Nacional transportando uma mala postal do Rio de Janeiro para São Paulo, e de lá retornando, com correspondência, no dia 15 de junho.
O retorno demorou apenas três horas e meia, seguindo a rota do vale do rio Paraíba até à altura da cidade de Resende e daí infletindo para o Rio.     Esta última se tornaria a rota oficial para as aeronaves do CAN entre as duas cidades daí em diante, três vezes por semana, até à entrada em operação, posteriormente, de aviões bimotores.

O BRIGADEIRO EDUARDO GOMES
E O CORREIO AÉREO NACIONAL
Com a criação do Ministério da Aeronáutica em 20 de janeiro de 1941, pela fusão da antiga arma da Aviação Militar do Exército com a da Aviação Naval da Marinha, o Correio Aéreo foi transferido para o Ministério com a denominação, como que ficou conhecido: Correio Aéreo Nacional CAN.
Ao final daquele ano, o CAN já operava 14 linhas, com o transporte de mais de 70 toneladas de correspondência.

Graças à visão de futuro, competência e sensibilidade do então Diretor de Rotas Aéreas, o já Brigadeiro Eduardo Gomes, o CAN conseguiu superar as dificuldades geográficas, econômicas e estruturais. E, como reconhecimento, o Congresso, em 12 de dezembro de 1972, proclamou Eduardo Gomes como “Patrono do Correio Aéreo Nacional”.
A  Diretoria de Rotas Aéreas, era do Brigadeiro Eduardo Gomes que estendeu suas linhas até ao rio Tocantins e Belém do Pará, e desta última até Caiena, com escalas em Macapá e Oiapoque.                                        
O grande impulso do CAN registrou-se após o término da Segunda Guerra Mundial, com a entrada em serviço das aeronaves bimotores monoplano C-45 Beechcraft e Douglas C-47, com maior capacidade de carga e autonomia de vôo.
No ano seguinte, a linha para a Bolívia foi estendida até à capital, La Paz, empregando aeronaves C-47 no trajeto Rio de Janeiro - São Paulo - Três Lagoas - Campo Grande -Corumbá - Roboré - Santa Cruz de la SierraCochabamba - La Paz.
Em novembro de 1952 o CAN chegou ao rio Araguaia dando apoio aos postos do antigo Serviço de Proteção ao Índio na rota Rio de Janeiro - Belo Horizonte - Uberaba - Goiânia - Aruanã - Conceição do Araguaia - Las Casas - Gorotire.
Nesse mesmo ano era aberta a linha Rio de Janeiro - Manaus, que se estendia até Boa Vista e, em seguida, a linha até ao Rio Negro, esta com o emprego dos lendários monoplanos bimotores anfíbios CA-10 Catalina.       A função desta linha era a de apoiar as populações indígenas e as missões religiosas nos vales dos Negro e Uaupés.                                                        O CAN foi então transferido da Base Aérea do Galeão para a Base Aérea de Belém, intensificando o serviço na região Amazônica, dando apoio aos pelotões de fronteira do Exército e às populações ribeirinhas.
Em 1965, entram em operação os Lockheed C-130 Hercules, que não apenas ampliaram o raio de ação do CAN, mas também a sua capacidade de transporte de pessoal, carga e equipamentos pesados.                                Na década de 1980 alcançaram o continente Antártico, no contexto do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).
Desde então entraram em operação aeronaves Embraer C-95 Bandeirante e C-97 Brasília, aviões mais leves que passaram a atender muitas das linhas vicinais do CAN. Para dar atendimento aos pontos extremos do território, entraram em operação os bimotores turboélice C105-A Amazonas e Cessna C-98 Caravan, devido às suas capacidades de pouso e decolagem em pistas curtas.

 Correio Aéreo Nacional retoma rotas internacionais
Ultimamente o Correio Aéreo Nacional (CAN) retomou  suas rotas internacionais. Sessenta e oito anos após o vôo pioneiro, a Força Aérea Brasileira está realizando novamente esse tipo de missão, com o objetivo de apoiar a integração dos países da América do Sul e fortalecer a unidade do continente.
Além da integração de localidades remotas da região Norte, o governo federal quer fazer do CAN elemento de congregação permanente entre os países da América do Sul. 
REFERÊNCIAS
·         CAMBESES Jr. Manuel. A Saga do Correio Aéreo Nacional. Revista do Clube Militar, ano LXXXI, n. 430, ago-set-out 2008, p. 20-24.
·         INTERNET e Anotações de leituras.
·         SOUZA, José Garcia de. A epopéia do Correio Aéreo. Rio de Janeiro: Revista Aeronáutica Editora (1986).
·         Guia Oficial do Museu Aeroespacial. São Paulo: C & R Editorial, 2006.



segunda-feira, 11 de março de 2013

CURIOSIDADES VII



VOCÊ SABIA QUE...
1 – Desde a mais remota antiguidade, obrigados pelas necessidades comerciais, os povos foram adotando, unidades particulares, para medir as diferentes grandezas: jarda, toesa, vara,  braça, pé, palmo, arroba, etc com erros, fraudes, desavenças e além de tudo isso, relações difíceis.
Em 1790 a Assembléia Constituinte Francesa solicitou à Academia de Ciências de Paris para criar um sistema de medidas e delegou a tarefa a uma comissão de cientistas, formada por BERTHOLET, LAGRANGE, DELABRE, BORDA, MECHAIN, PRONY e outros.
Após muitas discussões eles resolveram que a unidade fundamental do novo sistema seria tirada de uma medida do globo terrestre.
Partiram para fazer medidas de um arco do meridiano terrestre que passa por Paris e vai de Dunkerque na França a Barcelona na Espanha e concluiram que esta unidade fundamental seria chamada o METRO ou  a
quadragésima milionésima parte desse meridiano.
Confeccionou-se depois um padrão com uma liga de 90%, de platina e 10% de irídio e com uma seção em forma de X na qual o comprimento do metro foi assinalado com esta liga à temperatura de zero grau. Este padrão foi entregue ao Laboratório de Pesos e Medidas de Sèvre, na França, e de lá saíram cópias para os países que o adotaram.
Este padrão passou a constituir o metro legal e o sistema de medidas dele derivado denominou-se sistema métrico decimal.
O Brasil, a partir de 20 de junho de 1862, adotou-o como de uso obrigatório porque, entre outras, apresenta as seguintes vantagens:
· Uniformização internacional das unidades fundamentais;
· Facilidades de cálculos devido as escolhas decimais, dos múltiplos e submúltiplos que se enquadram no nosso sistema de numeração.


VOCÊ SABIA QUE...
2 - Charles Lindbergh, com um pequeno avião batizado de Spirit of St Louis realizou em 1927 a 1ª travessia do Atlântico Norte entre os EEUU e a França.

VOCÊ SABIA QUE ...
3 - Os primeiros exploradores a chegar ao topo do Everest foram Edmund Hillary e Tensing Norgay.

VOCÊ SABIA  QUE...
4 - Fossett foi o 1º homem a dar a volta ao mundo num balão sem motor denominado Spirit of Freedom (liberdade), em 14 dias. Eles  saíram da Austrália em 19\06\2002  e retornaram a esse país depois de 19 hrs e 50 min contornando a Terra.

VOCÊ SABIA QUE ...
5 - Nossa canetinha de todos os dias passou por diversas fases de evolução até chegar ao estado atual de porta-tinta.
1-  Começou com um estilete de madeira usado pelo egípcios
2-  Um pincel fino utilizado pelos chineses
3-  Uma cânula com um bico (aparo) de metal
4-  A caneta em tubo com depósito de borracha para tinta.
5-  A caneta com tubinho de tinta e ponta de esfera.
6-  A caneta com cartucho de tinta e bico de esfera.

VOCÊ SABIA QUE ...
6 - O primeiro jornal impresso em 14\05\1811 na Bahia intitulava-se IDADE DE OURO. Era do comerciante português Manuel Antônio da Silva Serva que instalou em Salvador a primeira tipografia e o imprimiu com a autorização do Conde dos Arcos, então Governador da Capitania da Bahia que lhe impôs estas normas:
1 - neutralidade política,
2 - anunciar as novidades com veracidade,
3 – instruir sobre a necessidade de conservar bons e polidos costumes


VOCÊ SABIA QUE...
7 – Que a imagem sacra de S. Francisco de Assis, trazida na Expedição de Gonçalo Coelho em 1503, foi a primeira que ficou no Brasil, na igreja da Glória, em Santa Cruz de Cabrália.
Em 1730 esta imagem foi transferida para a igreja da Penha, em Porto Seguro, onde permanece até hoje.
È uma imagem oca feita em pedra calcário, pesando 27,7kg  e serviu até para contrabandear pedras preciosas e ouro durante o período da  colonização.

VOCÊ SABIA  QUE...
8 – Alfred Nobel é o nome de um químico sueco (1833-1896) que inventou o explosivo “dinamite” em 1866 misturando nitroglicerina com argila diatomácea a outra matéria porosa e manejável, podendo ser sílica, argila.
Além desta mistura inventou também a “gelatina explosiva”. Suas invenções e os direitos de produção trouxeram-lhe uma fortuna incalculável.
Antes de falecer, arrependido de ter contribuído para a fabricação de armas de guerra, passou sua fortuna em 1895 para a Academia Sueca de Ciências para que ela oferecesse cinco prêmios anuais para quem tivessem produzido grandes bens para a humanidade.
E assim foi criado o Prêmio Nobel para ser concedido anualmente a pesquisadores de Química, Física, Medicina, literatura, Paz e Ciências Econômicas.      

VOCÊ SABIA QUE ...
9 - As figuras dos quatro reis do baralho são:
Rei David – espadas              Rei de Israel
Alexandre o grande – paus   Rei da Grécia 
Carlos Magno – copas            Rei da França
Júlio César – ouros               Imperador de Roma

VOCÊ SABIA QUE ...
10 – Todos dizem que a Terra é redonda, contudo ela é achatada nos pólos, com uma diferença de 21 kms a mais de seu centro ao Equador.

VOCÊ SABIA QUE ...

11 – A cidade de Amsterdã, na Holanda está construída sobre 90 ilhas unidas por 400 pontes.  

sexta-feira, 1 de março de 2013

O BRASIL NA RABADA EM EDUCAÇÂO


O Brasil voltou a fazer feio em avaliações internacionais de educação.
Em relatório encomendado pela empresa Pearson à Economist Intelligence
Unit, braço de pesquisas do grupo Economist, o país ficou em 39º lugar
de um total de 40 nações avaliadas.
Sem surpresas, Finlândia e Coreia do Sul conquistaram primeiros lugares.
O Brasil só ficou a frente de Indonésia, mas atrás de México e Argentina.
O relatório encomendado pela Pearson faz parte do projeto “A curva do
aprendizado” e considera os resultados de três testes comparativos:
 1 - O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, o mais
famosos deles),
2 - O Progresso no Estudo Internacional de Alfabetização (PIRLS):
3 - O Tendências no Estudo Internacional de Matemática e Ciência (TIMSS).
A pesquisa chega a algumas conclusões a respeito dos bem sucedidos
sistemas educacionais finlandês e sul-coreano.
               Embora extremamente diferentes – Coreia do Sul tem
currículo rígido com alta carga horária, enquanto Finlândia é
conhecida pela liberdade dada ao aluno – há pontos em comum.
“Um elemento é a importância dada ao ensinar e os esforços colocados
no treinamento e no recrutamento de professores”, diz o relatório.
         Além disso, o estudo assinala que o alto desempenho está
ligado a uma alta cultura educacional, em que a educação chega a ter
valor moral.

Posição País    Nota (distância da média do grupo)
1       Finlândia       1,26
2       Coreia do Sul   1,23
3       Hong Kong       0,9
4       Japão   0,89
5       Cingapura       0,84
6       Grã-Bretanha    0,6
7       Holanda 0,59
8       Nova Zelândia   0,56
9       Suíça   0,55
10      Canadá  0,54
11      Irlanda 0,53
12      Dinamarca       0,5
13      Austrália       0,46
14      Polônia 0,43
15      Alemanha        0,41
16      Bélgica 0,35
17      Estados Unidos  0,35
18      Hungria 0,33
19      Eslováquia      0,32
20      Rússia  0,26

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

PRIMEIRA CIRCUM-NAVEGAÇÂO MARÍTIMA DA TERRA


Em 1500, tantas eram muitas as intrigas comerciais e políticas entre Portugal e Espanha pela posse das Ilhas Molucas, na Ásia, ricas em especiarias e que pelo tratado de Tordesilhas  estariam, fora do domínio português que o navegador Fernão de Magalhães nascido por volta de 1480, em Sabrosa em Trás-os-Montes – Portugal, resolveu descobrir outra rota marítima para ir buscar no Oriente seus disputados e famosos produtos.

Experiência não faltava a esse homem  pois estivera oito anos na Índia e lutou nas conquistas da África, mas foi afastado da corte portuguesa por D. Manuel. Sentindo-se alvo de injustiça, Magalhães dedica-se por inteiro, juntamente com o cosmógrafo Rui Faleiro, a traçar um plano de uma navegação para provar que as ilhas Molucas se encontravam fora do domínio português definido pelo Tratado de Tordesilhas (1494).
Dirige-se então para a Espanha e ali obteve a anuência do rei espanhol (futuro imperador Carlos V) para organizar uma esquadra de cinco naus que ele comandria.
Ali, sem dúvida alguma, era tido como um dos grandes navegadores quinhentistas e conseguiu idealizar, conceber e preparar, com persistência e vontade inabalável, uma das maiores façanhas do seu tempo: a primeira volta à terra por mar, ou circum-navegação com cinco naus sob seu comando.

Magalhães preparou uma frota com a tripulação de 265 homens sendo 178 espanhóis, 40 portugueses, marinheiros e mercadores gregos, italianos, alemães patrocinadores  e auxiliares negros.
Abasteceu-se com pão, peixe e toucinho defumado, azeite, lentilhas e outros alimentos e 2,5 toneladas de pólvora.

Saiu de San Lúcar la Mayor no sul de Andaluzia – Espanha no dia 20 de Setembro de 1519,  passou o estreito de Gilbraltar e desceu pelo Atlântico até o rio de Janeiro onde em 1519 a pequena armada  aportou.
No mês seguinte penetro no Rio da Prata; em finais de Março de 1520 fez a sua entrada no estreito de Magalhães que viria a ter seu nome.
Somente em Novembro de 1520 os navios entraram no Oceano que batizou de Pacífico, ou mar de águas calmas,  em virtudes de não ter encontrado tempestades.

Chegou às ilhas Filipinas e em Cebu numa emboscada em 1521 morreu de uma flechada com outros companheiros em luta com nativos escondidos nas matas que também destruíram dois navios que se abasteciam de água.
Restaram 3 navios, mas pouco depois um incendiou-se e o outro afundou.    
   
A esquadra reduziu-se só à nau "Victoria", comandada pelo espanhol Sebastião Delcano, que continuou viagem pela rota do  cabo sul da África  até Cabo Verde já descoberto pelos portugueses, onde conseguiram alimentos para prosseguir a viagem.

Dali o navio seguiu rumo à Espanha e chegou a San Lucar em 06 de Setembro de 1522 com uma tripulação de apenas 18 homens!
Estava concluída a primeira viagem à volta do Mundo em três anos em caravelas e muita coragem.
Muitos paradigmas geográficos caíam assim por terra. Tal viagem terá de ser obrigatoriamente entendida à luz das estratégias e ambições da época, dos problemas políticos, da rivalidade entre os reinos ibéricos.
Apesar de todas estas peripécias cabe a glória e o mérito deste feito ao navegador português Fernão de Magalhães que  realizou a primeira circum-navegação da terra, provando aos descrentes de então que ela é redonda.
     
Referências:
Anotações de leituras e pesquisas na internet.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

É PRECISO MUDAR URGENTE


                         
Mais uma vez, esta notícia veiculada nos canais de TV, nos últimos dias de outubro de 2012, nos entristece muito.
“O Brasil ficou rabeira em Educação” na Avaliação Internacional por órgãos credenciados pela ONU.
Isso vem confirmando a razão porque estamos vivendo hoje no país, uma insatisfação generalizada que questiona e busca meios de revolucionar os conceitos de Escola e Educação.

Para nosso consolo este movimento revolucionário já se alastrou por muitos países e sabe-se que todos buscam novas formas de renovar o Ensino e mostrar que é possível isso conseguir diante das numerosas experiências inovadoras que já estão surgindo de maneira surpreendente.

”Mudar” é criar outra mentalidade sobre educação, é capacitar mais os professores, é inovar nos conteúdos a aprender, é utilizar métodos didáticos que não se destinem apenas a instruir, mas sobretudo dêem autonomia ao aluno a entender o mundo em que vive e a realizar-se como pessoa pela aprendizagem mútua na pesquisa, pelo “ser solidário”, diante de dificuldades e das tarefas a realizar.

“Em 2012 alguns jovens argentinos de 20 e poucos anos viajaram por oito países ibero-americanos para produzir um documentário com o intuito de ajudar as pessoas a refletir sobre o tradicional modelo de educação em vigor nas escolas.  
Nessa viagem eles conheceram 45 experiências de ensino não convencional e entrevistaram 90 educadores e especialistas para tentarem apontar novas alternativas educacionais.
O resultado dessa viagem foi a produção de um longa-metragem independente La Educación Prohibida (A Educação Proibida), lançado mundialmente e está disponível gratuitamente on-line.

Trata-se de um filme que propõe questionar a validade da escolarização atual e a melhor forma de entender a educação para o século XXI, dando destaque a experiências educativas diversas, não convencionais, que mostram a necessidade de se implantar um novo paradigma educativo.
O foco desse movimento é mudar o processo educativo vigente no mundo uma vez que ele não está atendendo aos anseios e expectativas dos jovens que hoje freqüentam as escolas.
Diante dos resultados de pesquisas realizadas sobre a atual educação, já é bem evidente que o atual modelo está ultrapassado e totalmente anacrônico para enfrentar as exigências e os avanços extraordinários da Ciência e da Tecnologia.

Além do mais a aprendizagem conseguida nas escolas não está mais adequada às necessidades dos tempos modernos, nem atende aos anseios de autonomia e liberdade do aluno na escolha dos temas a estudar que facilitem e valorizem seu desenvolvimento individual e sua capacidade intelectual.

O filme “A educação proibida”  baseia-se em alguns princípios  pedagógicos destas correntes pedagógicas mais conhecidas:
O Método Montessori; A Pedagogia Waldorf (Rudolf Steiner); Pedagogia Crítica; Pedagogia Liberadora (Paulo Freire); método Pestalozzi; Método Freinet; A Escola Livre; A Escola Ativa; Pedagogia Sistêmica; Educação Personalizada; Pedagogia Logosófica.

Eis alguns fundamentos gerais pedagógicos do projeto:
- O Conteúdo não é a coisa mais importante, pois a informação não é verdade imutável e eterna, ela pode variar de acordo com o contexto.
- O ideal é aprender a aprender, aprender a observar, aprender a distinguir e interpretar por si só e discutir em grupo.
- O desempenho do aluno em sala de aula não é o mais importante a atingir. O importante são os objetivos pessoais, o crescimento e a aventura de progredir.

- O professor não é superior ou tem o direito de impor ordens, deve ser um companheiro, um guia que promove a democracia, a autonomia, a diversidade.
- O professor deve adaptar-se às capacidades e habilidades do aluno e não vice-versa. Programas educativos devem ser flexíveis e adaptáveis para o crescimento e o interesse da criança.

- O progresso não deve obedecer a séries fixadas, nem as crianças serão separadas em classes, mas sim em grupos formados por elas de acordo com interesses, habilidades, experiências, simpatias, e não por nível maior ou menor delas.

- O Conhecimento deverá ser obtido através de experiências, de pesquisas realizadas pelos alunos dentro e fora da sala de aula e a teoria poderá ser deduzida das conclusões a que eles chegam.

- Em sala de aula nem sempre é bom o que é mais fácil, conveniente, eficaz ou produtivo, mas o importante é criar ambiente de autonomia, interação, liberdade e alegria no estudo.

- A escola deve estar aberta para a Comunidade, permitir eventos, com a participação das famílias, vizinhos e organizações parceiras pois ela deve funcionar como um centro comunitário.

- O objetivo da escola não é domesticar as crianças, nem impor costumes sociais, mas deve ser ambiente em que elas sintam prazer em construir seus próprios valores e costumes, buscar temas de seus estudos.

- Educação não é um processo que dependa de época, mas processo exclusivo da criança que a ajude a desenvolver suas capacidades e habilidades ao longo da vida sem ser confinada a certo espaço, nem tempo.

- O professor não é dono do conhecimento nem da verdade em seu todo, mas ali está também para aprender com os alunos. Ele é um guia que está também em processo de aprendizagem.

- O saber determinado conteúdo não deve ser o único elemento para julgar o aluno. O ideal é que o professor possa conhecer internamente cada criança, seus sonhos, sentimentos, imaginação, desejos. Este será o melhor caminho educá-la.

- Seguir um padrão único de pensar não é correto pois há tantas soluções quantos alunos que surgem com incentivo à criatividade e invenção.

- Deve-se aprender utilizando ambos os hemisférios cerebrais. Como na vida  deve-se recorrer à inteligência, ao raciocínio, à intuição e às emoções, pois tudo é relativo.

- O sistema tradicional de qualificações dos alunos não funciona mais. Valor em pedagogia, como ciência social não pode ser medido numericamente. Avaliação é um processo que acontece lentamente.

- As lutas de poder e competição causam danos para a criança. Há que democratizar a sala de aula. Torná-la um lugar participativo, cheio de paz.

- O interesse do professor deve satisfazer seu aluno para promover o crescimento do mesmo, não para controlá-lo.                                                 O mestre deve acreditar que a criança vai crescer e não ser adaptada ao seu conceito de normalidade.

- O professor também colabora no crescimento espiritual e emocional da criança. Deve incentivá-la à introspecção, ensinar-lhe como administrar seus estados de ânimo, seus pensamentos, ações, idéias e projetos.

- Os valores não são para ser ensinados, mas para ser vividos. A aquisição de valores e conhecimentos é baseada em emoções do educando, sendo que a melhor maneira de educar é pelo exemplo.

O filme “A educação proibida” baseia-se em princípios  pedagógicos das correntes pedagógicas mais conhecidas:
O Método Montessori; A Pedagogia Waldorf (Rudolf Steiner); Pedagogia Crítica; Pedagogia Liberadora (Paulo Freire); método Pestalozzi; Método Freinet; A Escola Livre; A Escola Ativa; Pedagogia Sistêmica; Educação Personalizada; Pedagogia Logosófica.

Eis alguns fundamentos gerais pedagógicos do projeto:
- O Conteúdo não é a coisa mais importante, pois a informação não é verdadeira para sempre, ela pode variar de acordo com o contexto.
-  O ideal é aprender a aprender, aprender a observar, distinguir e interpretar por si só .

- O desempenho no “como fazer” não é o mais importante a atingir. O importante são os objetivos pessoais, o crescimento e a aventura de progredir. Em sala de aula não deve haver nenhuma hierarquia, senão se transforma em uma jaula.

- O professor não é superior a ninguém, nem tem o direito de dar ordens, ele deve ser um companheiro, um guia que promove a democracia, a autonomia, a diversidade na escola.

- O professor deve adaptar-se às capacidades e habilidades do aluno e não obrigá-lo a seguir as de quem ensina. Programas educativos devem ser flexíveis e adaptáveis para o crescimento e o interesse da criança.

- O progresso não deve ter passos fixos, a segregação das crianças deve ser substituída por um agrupamento consciente de acordo com interesses, habilidades, experiências, simpatias. Nenhuma tem nível maior ou menor do que as outras.

- O Conhecimento não deve ser somente teórico, deve basear-se em experiências e experimentação dentro e fora da sala de aula. A teoria a criança pode alcançá-la por suas próprias conclusões.

- Em sala de aula nem sempre é bom o que é conveniente, eficaz e produtivo, o importante é criar ambiente de autonomia, interação e alegria.

- A escola deve estar aberta para a Comunidade, permitir eventos de bairro, com a família, vizinhos e organizações parceiras.

- A criança pode trazer temáticas da comunidade para a escola, pois ela deve funcionar como um centro comunitário.

- O objetivo da escola não é domesticar as crianças, nem transmitir valores e costumes sociais, mas criar o ambiente em que as crianças podem construir seus próprios valores e costumes.

- Educação não é um processo temporário, é um processo de vida que procura desenvolver capacidades e habilidades, sem um estar presa a determinado curso marcado.
- O professor não tem todo o conhecimento, também vem para aprender com os alunos. É um guia que está também em processo de aprendizagem.

- O comportamento não é o único elemento visível para julgar o aluno. O ideal é que o professor possa conhecer internamente cada criança, seus sonhos, sentimentos, imaginação, desejos. Esta é a maneira de encontrar a melhor educação para ela.

- Seguir um padrão único de pensar não é correto pois há antas soluções quantos alunos que surgem com incentivo à criatividade e invenção.

- Deve-se aprender utilizando ambos os hemisférios cerebrais. Como na vida  deve-se recorrer à inteligência, ao raciocínio, à intuição e às emoções, pois tudo tudo é relativo.

- O sistema tradicional de qualificações dos alunos não funciona mais. Valor em pedagogia, como ciência social não pode ser medido numericamente. Avaliação é um processo que acontece lentamente.

- As lutas de poder e competição causam danos para a criança. Há que democratizar a sala de aula. Torná-la um lugar participativo, cheio de paz.

- O interesse do professor deve satisfazer seu aluno para promover o crescimento do mesmo, não para controlá-lo.                                                 O mestre deve acreditar que a criança vai crescer e não ser adaptada ao seu conceito de normalidade.

- O professor também colabora no crescimento espiritual e emocional da criança. Deve incentivá-la à introspecção, ensinar-lhe como administrar seus estados de ânimo, seus pensamentos, ações, idéias e projetos.

                                      REFERÊNCIAS
Noticiários nos canais de TV
Dados colhidos na Internet
Anotações do prof.  JORGE MARTINS