quinta-feira, 26 de abril de 2012

VIAGEM FANTÁSTICA

NO PRÓXIMO 03 DE AGOSTO COMEMORA-SE A DATA DA INCRÍVEL

VIAGEM DA CHEGADA DO HOMEM AO LUGAR EXATO DO

POLO NORTE POR DEBAIXO DA CALOTA DE GELO. 



A geografia explica que a região onde se situa o pólo norte, ao contrário da Antártida, não é continente formado por crosta terrestre coberta de gelo e sim o Oceano Ártico coberto pela imensa e espessa camada de gelo, a calota polar.

A aventura de passar por baixo dela, para chegar ao exato ponto do Pólo Norte magnético da terra, foi realizada em 1985 pelo primeiro submarino nuclear Nautilus dos EEUU, preparado para isso e comandado por Wiliam Anderson de longa experiência na MARINHA americana.

   

Qualquer submarino é formado por casco duplo, um interno, que protege a tripulação contra a pressão da água, outro externo, que lhe dá a forma hidrodinâmica. Contudo os cascos dos submarinos nucleares são feitos de HY-80, uma liga metálica de níquel, molibdênio e cromo para protegê-los contra as incríveis pressões das águas exercidas sobre eles nas grandes profundidades dos oceanos.

As outras partes do submarino são:
A torre que é a parte que se ergue do corpo principal do submarino. Ela formada de diversos componentes, tais como tanques para controle de mergulhos horizontais, mastros de radar, antenas de comunicação e periscópios.
Os tanques de lastro controladores de subida e descida ficam entre os dois cascos e ajudam a manter a profundidade desejada do submarino ao receber ou expelir água.

Os tanques de compensação de equilíbrio - localizados nas porções frontais e traseiras do submarino - também podem receber e expelir água a fim de manter o peso distribuído de forma equilibrada em seus 312m de comprimento.

A hélice é acionada pela turbina a vapor de água em alta temperatura e produzido pelos geradores acionados pelo reator nuclear.





Em 03 de agosto de 1958, o 1º submarino nuclear Nautilus dos EUA, na foto acima, realizou a primeira viagem submarina ao Pólo Norte geográfico. 

Nautilus  mergulhou em Point Barrow, no estreito de Bering no Alasca, e viajou cerca de 1.000 milhas sob a calota de gelo do Ártico para chegar ao topo do mundo, o Pólo Norte geográfico,  e depois continuou até emergir no Mar da Groenlândia, em Spitzbergen, dois dias apôs essa façanha histórica memorável. 



O Nautilus foi construído sob a direção do capitão da Marinha dos EUA Hyman G. Rickover, um engenheiro nascido na Rússia e que aderiu ao programa atômico dos EUA em 1946 e em 1947 ele foi colocado no comando do programa da Marinha a propulsão nuclear e começou a construir um submarino atômico.

Considerado como um fanático, Rickover foi bem sucedido ao desenvolver os primeiros submarinos nucleares antes da data prevista pela Marinha dos EEUU. 



Com 319 metros para deslocar 3.180 toneladas,  a quilha do Nautilus "foi  colocada pelo Presidente Harry S. Truman, e em 21 de janeiro de 1954, a primeira-dama dos EEUU, Mamie Eisenhower quebrou a garrafa de champanhe na sua proa ao ser lançado ao mar em Groton, Connecticut.



Ele podia permanecer submerso por períodos quase ilimitados porque seu motor atômico não precisava de ar e apenas uma quantidade muito pequena de combustível nuclear para produzir vapor que acionava as turbinas de propulsão, permitindo que o Nautilus pudesse viajar debaixo d'água em velocidades acima de 20 nós.



O Nautilus partiu, em 23 de julho de 1958, de Pearl Harbor no Havaí  para "a primeira travessia submarina do Pólo Norte.

O comando desta viagem histórica foi  entregue ao almirante William Anderson com 116 homens a bordo, entre oficiais e marinheiros e quatro cientistas civis. 



O Nautilus mergulhou no Estreito de Bering, passou por Point Barrow, no Alasca, no Mar de Beaufort e só fez ver seu periscópio uma vez ao largo das ilhas Diomedes, entre o Alasca e a Sibéria, para verificar o funcionamento do radar. 

Em 1º de agosto, o submarino deixou a costa norte do Alasca e mergulhou sob a camada de gelo do Ártico viajando a uma profundidade de cerca de 500 metros, sob a calota de gelo que apesar da espessura entre 300 a 1.500 metros deixava ver a claridade do sol da meia-noite do Ártico brilhar em graus variados através da espessura imensa do gelo azul. 



Às 11:15 horas, de 03 de agosto de 1958, o comandante Anderson lançou a mensagem: “Anuncio para o mundo, o nosso país e nossa Marinha que “Estamos no  Pólo Norte", no fundo do Oceânico Ártico, debaixo de uma camada de gelo com espessura de cerca de 1.500m”.



O Nautilus passou tranqüilo sobre o pólo norte geográfico, sem parar e só veio à tona no Mar da Groenlândia, em Spitzbergen, em 5 de agosto, quando  terminou a sua viagem histórica. 



“ Foi uma jornada fantástica ”, diz o comandante Anderson, no livro “Polo Norte à Vista” que publicou, anos depois.

Ao findar essa viagem submersa,  na chegada aos EEUU, o presidente Dwight D. Eisenhower o condecorou  com a Legião de Mérito.



Depois de servir à Marinha durante 25 anos em treinamentos e quase 500 mil milhas viajando, o Nautilus foi desativado em 03 de março de 1980 e reconhecido como Patrimônio Histórico Nacional desde 1982 sem nunca ter sofrido qualquer incidente.

Hoje está em exposição como o primeiro submarino nuclear do mundo e em 1986, no Museu da Força de Submarinos, em Groton, Connecticut.



(Referências do livro Pólo Norte à Vista

e de outras fontes da Internet.)


             Mapa-múndi com a linha do Círculo Polar Ártico em vermelho


(Fonte: Wikipédia).

O Círculo Polar Árctico é o paralelo da latitude 66º 33’ 44" (ou 66.5622°) Norte. Define uma linha imaginária no planeta, ao norte da qual há pelo menos um dia de noite absoluta (24 horas de escuridão) no inverno e pelo menos um dia de luz absoluta (24 horas de sol) no verão boreal (sol da meia-noite) por ano.

Ali há um dia por ano no qual o sol não aparece, ficando, porém, na fímbria do horizonte. Daí para o norte, ocorrem gradativamente mais dias sem que o sol apareça, até que no Pólo Norte, durante seis meses, o sol não aparece.

As áreas ao norte deste paralelo são frias o ano inteiro, passando praticamente o tempo todo com temperaturas abaixo doponto de congelamento. Nestas latitudes, a amplitude térmica anual é geralmente superior aos 30°C, variando de vários graus abaixo de zero durante o inverno boreal, a até poucos graus acima de zero no verão boreal.

Durante o inverno o Mar Glacial Ártico costuma congelar, formando uma calota de gelo durante a longa noite fria, que na latitude 90º N pode durar até seis meses.

As principais áreas pelas quais passa o Círculo Polar Ártico são o norte do Canadá, o sul da Groenlândia, o extremo norte da Islândia (ilha de Grímsey), o norte da Escandinávia e o norte da Rússia.

Ao longo do tempo os Círculos Polares movem-se, estimando-se esse movimento em cerca de 15 metros por ano no sentido da redução.

A área a norte do Círculo Polar Ártico é escassamente habitada. As maiores cidades são Murmansk, (Rússia, pop. 325 100), Norilsk, (Rússia, pop. 135 000), Tromsø (Noruega, pop. 62 000) e Rovaniemi (Finlândia, pop. 59 000)

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