terça-feira, 6 de setembro de 2011

O ENSINO POR PROJETOS - parte 2

Acredito que o sucesso da aprendizagem por projetos está condicionado ao interesse que o professor conseguir despertar no aluno pelo trabalho, incentivando-o evalorizando-o como pequeno pesquisador e descobridor e por meio deste trabalho poderá tornar-se capaz de entender e explicar aquilo que pesquisou.
Contudo é preciso reconhecer que há necessidade de mudanças de atitudes, de renovação corajosa no uso de novos procedimentos didáticos, por parte do profissional da educação.
Ele terá de optar por novo estilo docente,ou melhor dizendo, pelo “reaprender a ser professor”, acostumar-se, em suas atividades a procurar ver mais longe, estar a atento às mudanças que o mundo de amanhã exigirá  dos seus atuais alunos.
Tem de acreditar que “a meta principal da escola atual não deve ser só ensinar repassando conteúdos disciplinares fragmentados aos alunos, mas deve ser de ensinar de  maneira global interdisciplinar que desenvolva e explore as competências deles”.
Dentro destes conceitos, ao capacitar-se, perceberá o professor, que as realidades atuais adquirem novos significados na educação indispensáveis para a orientação correta do ensino e da aprendizagem.
Norteadas por esse princípio, muitas escolas já vêem renovando seus métodos de tratar o aluno, não como mero espectador e receptor passivo das informações que lhe são transmitidas e incutidas, mas participantes ativos de sua formação.

Todos sabemos que os jovens de hoje, levados pela contingência da modernidade na qual estão integrados, tudo fazem para procurar novos estímulos que excitem suas emoções e, como nem sempre as alcançam, ficam inquietos e ansiosos, agitam-se e perturbam, fazendo mesmo o que não deveriam.
O racional, o pensar não os atrai, pois exige esforço, o que eles não querem, nem gostam de fazer e por isso fazem das salas de aula verdadeiros campos de discussões estéreis, atribuindo a culpa de toda essa problemática ao professor. 
Infelizmente a escola não busca nem acata soluções, por vezes simples, que podem levar a pôr um freio nesses desmandosdos alunos motivando-lhes a curiosidade intelectual visando à aquisição de conhecimentos pela prática de atividades interdisciplinares com as quais é possível manter-lhes o interesse em descobrir a incerteza dos conteúdos curriculares e os limites do pensamento humano. 
Falta a muitas escolas o hábito de sair do trabalho rotineiro de sala de aula e programar oportunidades para estimular nos alunos a criatividade e a imaginação que fazem surgir iniciativas individuais e inéditas com as quais eles poderão tornar-se agentes ativos e co-participantesde sua formação pessoal e do crescimento de seus conhecimentos.

Para corrigir estes equívocos educacionais existentes, a escola precisa pôr em prática procedimentos pedagógicos eficientes, por vezes esquecidos ou ignorados destinados a mobilizar as habilidades e as potencialidades dos alunos, planejando  e organizando atividades que objetivem envolvê-los em grupos, promovendo desta forma a interatividade e parcerias na realização do trabalho escolar e extra-escolar.
Mas para que a escola possa chegar a essas transformações e renovar-se em princípios pedagógicos mais atualizados, será preciso que faça constar no planejamento curricular várias atividades a serem desenvolvidas pela ação docente em sala de aula ou fora dela, cada uma orientada para explorar um tema pelo exercício da interdisciplinaridade com a contribuição das matérias regulares.
Esta é uma atribuição específica dos Projetos de pesquisa escolar que não exige, necessariamente, o envolvimento de pessoas de diferentes áreas, mas sim, exige ter uma visão global no tratamento do tema escolhido, pelo intercâmbio e integração de saberes disciplinares diversos, a ele  relacionados .
O Projeto de pesquisa escolar, sendo uma construção pedagógica, deverá, portanto, ser entendido como conjunção de múltiplos meios, que concorrerão no fornecimento de mais saberes e darão suporte à sua validade educacional.

O trabalho com Projetos contribui muito para:
-        Dar aos alunos nova visão das realidades que encontram no dia-a-dia e formar neles nova mentalidade reflexiva;
-        Abrir mais campos de pesquisa e de aplicação de técnicas  metodológicas que favoreçam aaquisição de novos conhecimentos;
-        Auxiliar os alunos no domínio de meios técnicos e apropriados exigidos pelas condições do mundo moderno;
-        Facilitar a aquisição de novos e atualizados conceitos destinados a promover a formação de novas competências;
-        Valorizar mais a parceria que o individualismo, envolvendo o aluno no trabalho escolar interativo de parceria.

A idéia de trabalhar com Projetos, quase sempre resulta da preocupação que os professores têm de pôr em prática procedimentos didáticos que favoreçam a participação mais ativa dos alunos e facilitem o processo interativo voltado para a busca do saber.
O professor tem que acreditar que qualquer projeto montado para ser trabalhado pelos alunos deve ter características científicas:
-        propiciando a reflexão sobre o objeto de estudo  considerando-o como algo que ocorre de maneira diferente e científica no contexto sócio-cultural;
-        seu estudo leva-os a descobrir o conhecimento dele pelas  suas relações causais;
-        o método, pelo qual será estudado, estabelece uma ponte entre o homem e o mundo, fazendo, portanto progredir o saber.

Entre esses procedimentos usados pelo ensino renovado, o mais importante e significativo é preceder a realização de tarefas por “questionamentos” que conduzam os alunos a refletir sobre o “por quê” e o “como” vão fazê-las. 
Trata-se de estimular e desenvolver neles “o senso crítico”, isto é a capacidade de discutir problemas de forma inteligente sem agarrar-se com unhas e dentes às suas próprias idéias ou a chavões das opiniões coletivas, sem verificar sua veracidade, sem distinguir o que é provado como científico e o que não é.
O “senso crítico” desenvolve-se pela leitura, pela reflexão, pela prática do debate com o uso e coerência de argumentos, pela curiosidade intelectual que não se satisfaz com simples conversa ou informação, mas examina focos múltiplos, e pelo questionamento para levantar dúvidas e esclarecê-las. 
O “por quê” deverá  estar sempre em qualquer situação de ensino, para que o aluno seja instigado a perguntar e a procurar por ele mesmo a resposta, cabendo ao professor apenas, portar-se  como condutor da ação de aprender.
Desta maneira o processo ensino/aprendizagem toma rumo diferente na escola, no que se refere ao professor, - aquele que facilita o ensino, - como em relação ao aluno, - aquele que aprende ou constrói seu saber -.
Convém, pois, reconhecer que a essência de qualquer projeto de pesquisa encontra-se no desencadeamento da reflexão em torno da utilização de perguntas corretamente elaboradas e adequadas, uma vez que elas têm uma dimensão cognitiva que deve ser explorada pelo professor, tanto para satisfazer o desejo do aluno de saber mais, quanto para aferir e diagnosticar  o aprendizado dos conteúdos estudados.
O professor que pretende trabalhar com Projeto de Pesquisa na escola  deverá acreditar que vai usar um instrumento didático valioso destinado a melhor dominar e aprofundar o conhecimento de assuntos temáticos variados, os quais poderão interrelacionar disciplinas curriculares diferentes.

Que assuntos temáticos são esses?  Podem ser os que visam:
-à explicação de alguma situação-problema e ensino que preocupa,
-ao melhor conhecimento de fatos da realidade vivida pelos alunos,
-a aprofundar a investigação de assuntos curriculares a estudar,
-à realização de algum produto final, como feira, artefato, exposição.

Ao querer utilizar a metodologia dos Projetos, o professor deverá ter em vista:
1- buscar e descobrir novas formas de motivar, interessar e estimular o aprendizado dos alunos;
2- renovar o método de ensinar para despertar e fomentar nos alunos a curiosidade e o sentido de observação;
3–contribuir para desenvolver neles o raciocínio e a formação do pensamento crítico para que possam aplicá-lo na vida prática;
 4 - familiarizá-los com noções elementares da metodologia científica na realização de tarefas investigativas orientadas;
 5 - prepará-los desta forma, para o futuro, pelo saber como estudar e pelo aprender a aprender postos em prática nas tarefas que lhe são exigidas.

Os planos de ensino curricular traçados para serem cumpridos no decorrer do ano letivo, serão considerados apenas “roteiros” seqüenciadores e lógicos que devem desembocar na formação e na aprendizagem que são a meta essencial e fundamental a ser alcançada pelo processo de estudo dos alunos.
Para tanto, o professor, ao planejar qualquer tarefa, deverá se questionar:
-        Por quê fazer? - expondo os objetivos e finalidades educativas dela;
-        Para que fazer? – detalhando  os conteúdos a ensinar e a assimilar;
-        Como fazer? - explicando os procedimentos para atingir os objetivos.
 
O sucesso da aprendizagem por projetos estará condicionado ao interesse que se conseguir despertar no aluno, valorizando-o como pequeno pesquisador, descobridor e expositor do que apreendeu sob a condução do professor.
Lembremo-nos que a matéria-prima da educação “é o aluno”, o qual por sua vez é também seu“produto final”.
O processo de transformação dessa matéria está nas mãos do professor, na maneira como por ele será manipulado e nas diversas etapas que conduzirão guiado sempre pelo “para quê” de seu trabalho pedagógico.
O importante é reconhecer que há necessidade de mudanças de atitudes, de renovação corajosa e da busca de novos procedimentos didáticos.
Tudo isso implica em optar por novo estilo docente, ou melhor dizendo, pelo “reaprender a ser professor”, acostumar-se, em suas atividades a procurar ver mais longe, estar a atento às mudanças que o mundo de amanhã exigirá  dos nossos atuais alunos, em perceber que
 “a meta principal da escola não deve ser odesenvolvimento do aluno pelo ensino e domínio de conteúdos disciplinares fragmentados, mas, sobretudo do desenvolvimento das competências pessoais”.
A organização da escola tem de se preocupar, que disciplinas e competências devem disputar o mesmo espaço.
A idéia de competência relaciona-se a capacitação, a habilidade, a “qualidade” e tem de estar ligada à de cidadão.

As competências fundamentais do indivíduo no dizer de Delors devem ser:
         1 – capacidade de expressão e comunicação que se desenvolve por muitas disciplinas e por várias atividades a serem postas em prática;
         2 - capacidade de argumentar pelo desenvolvimento do raciocínio lógico para o qual contribuem algumas disciplinas e formas de estudo;
         3 – capacidade de avaliar pela formação reflexiva e crítica das idéias pessoais e dos trabalhos participativos;
         4 – capacidade de atuação e de liderança individual nos papéis a desempenhar na família, na escola, no trabalho, na sociedade.
         5 - capacidade de compreensão e de interpretação dos fatos ou fenômenos e seus significados, pela prática da observação e de investigação.

Desde longa data, nossa tradição escolar sempre se apoiou na pedagogia da certeza, acreditando que aquilo que ensina é o “porto seguro” das verdades em torno das quais faz girar todos os conteúdos e as atividades didáticas.
Norteada por esse princípio, a grande maioria das escolas tem tratado o aluno como mero espectador e receptor passivo das informações que lhe são transmitidas e incutidas, quer por parte do professor, quer por meio do livro didático, como sendo instrumentos indiscutíveis para superar erros e  também chaves para abrir as portas de sucessos e atender às expectativas.
Dessa maneira “a sala de aula virou um local de tédio por falta de concentração e pouco interesse em aprender por parte dos alunos e um ambiente estressante, às vezesuma praça de guerra, um campo de batalha”.
Infelizmente, muitos professores consideram mais fácil em sala de aula “dar assunto todo pronto aos alunos do que estimulá-los a pensar”, como afirma Augusto Cury no livro "O mestre do Amor".
Todos sabemos que os jovens de hoje, levados pla contingência da modernidade com a qual vivem, tudo fazem para procurarnovos estímulos que excitem suas emoções e, como nem sempre as alcançam, ficaminquietos e ansiosos, agitam-se e perturbam, até mesmo onde não deveriam. O racional,o pensar não os atrai, pois exige esforço, o que eles não querem, nem gostam defazer.
A busca doimediatismo e do sensacional ocupa-os dia e noite, e não sabem conciliar oemocional com o racional, os sentimentos com as idéias.
Neste contexto é que a educação vem setornando uma tarefa desgastante e estressante para os professores econseqüentemente pouco eficiente.

A escola antigatambém não tem o hábito de sair do trabalho rotineiro de sala de aula eprogramar oportunidades para estimular nos alunos a criatividade e a imaginaçãoque fazem surgir iniciativas individuais e inéditas com as quais eles poderãotornar-se agentes ativos e co-participantes de sua formação pessoal e docrescimento de seus conhecimentos, pelo uso de projetos de pesquisa.

Para corrigir estesequívocos educacionais existentes, a escola precisa pôr em práticaprocedimentos pedagógicos eficientes, por vezes esquecidos ou ignoradosdestinados a mobilizar as habilidades e as potencialidades dos alunos, peloplanejamento e organização de atividades que objetivem  envolvê-los em grupos, promovendo desta formaa interatividade e parcerias na realização do trabalho escolar e extra-escolar.
Quão admirável évê-los participando ativamente em gincanas escolares ou criando, inovando edando sua contribuição nas festas comemorativas.
Como gostam deformar equipes para procurar resolver problemas que lhes foram entregues ! 

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