quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Quero aproveitar nosso Blog “Haja Luz”para divulgar alguns de meus livros já publicados e colaborar para o aperfeiçoamento do trabalho docente de muitos e muitos professores que buscam ideias novas para se atualizarem na docência.

O ensino tradicional tem tratado o aluno como mero espectador e receptor passivo das informações contidas nos conteúdos curriculares, ou que lhe são explicadas e transmitidas pelos livros, ou durante as aulas e pelos professores destinadas a seu desenvolvimento intelectual e à aprendizagem escolar.
Aos responsáveis pela docência talvez falte o hábito de estimular nos jovens o interesse pelos trabalhos simples investigativos, de acordo com as normas científicas, sobre conteúdos curriculares.
Para tornar esse aprendizado significativo convém utilizar situações corriqueiras do dia-a-dia e aplicar os procedimentos técnicos-metodológicos para sua explicação e estudo, os quais muito servirão aos alunos no nível superior.
Se agissem desta forma, as escolas conduziriam aos poucos, os alunos a se tornarem indagadores do mundo que os cerca, e a adquirirem o costume de questionar e refletir sobre aquilo que lhes é oferecido dentro das salas de aula e não, simplesmente aceitá-lo porque assim foi ensinado, ou assim está no livro. 
São ainda raras as escolas onde surgem iniciativas que visam à formação de alunos como agentes ativos no processo de aprendizado, tanto promovendo a interatividade e socialização pelo trabalho em grupo, quanto pela aplicabilidade de métodos ativos variados e inovadores de estudo, como vem sendo feito, em algumas delas, com os projetos de trabalho escolar e de integração  escola - comunidade.
 Hoje, mais do que nunca, acredita-se que o componente básico curricular deveria estar baseado em atividades temáticas pautadas nas disciplinas regulares capazes de fomentar a mobilização e participação dos estudantes na exploração dos conteúdos propostos voltados e adaptados à realidade onde eles vivem ou viverão.
Assim as salas de aula, ao invés de serem locais de rotinas enfadonhas pela eterna repetição do tradicional processo de ensino-aprendizagem, – ouvir, ler, escrever, – tornar-se-iam verdadeiros laboratórios e oficinas vivas do “aprender fazendo” e de treinamento das habilidades conceituais, procedimentais e atitudinais dos próprios estudantes, sob a orientação de professores preparados dentro dos conceitos da Metodologia Científica e capazes de despertar nos alunos o gosto pela investigação dos fatos e pela descoberta do conhecimento significativo.
Conduzido desta forma o aluno construiria, ao longo do tempo escolar, sua formação pessoal e profissional e adquiriria sistematicamente a bagagem dos conhecimentos de que necessita para se preparar a enfrentar os problemas que a vida lhe prepara.

O ensino teria, assim, as duas dimensões educacionais tão faladas, a individual e a social.
A dimensão individual pela valorização das capacidades intelectuais, morais e físicas inatas nos jovens, utilizando-as para aperfeiçoar seu desenvolvimento pessoal e seu espírito crítico - reflexivo.
A dimensão social pela evolução do espírito de cidadania democrática e de solidariedade, familiarizando-os e engajando-os em trabalhos coletivos participativos, solidários, de parceria e de intercâmbio.
Ao longo das páginas do livro acima apresentado pretendo concretizar estas idéias, proporcionando ao professor informações básicas de Metodologia da Ciência, aplicadas, aos Projetos Escolares de Pesquisa, de maneira simples e clara, e à apresentação de exemplos práticos com a aplicação das teorias apresentadas, para que ele as possa aplicar a muitos outros fatos e à descoberta de soluções para problemas mais complexos.
Através dos Projetos de Pesquisa o aluno é colocado frente a situações-problema, de preferência tiradas da realidade vivida, para serem estudadas de maneira sistematizada e por elas conseguir dominar novos conceitos.     
Outro ponto importante é que esta forma de trabalhar e estudar proporciona ao aluno diferentes ângulos de ver e de refletir sobre o mundo em que vive, age e se relaciona, dando-lhe oportunidades de concordar, discordar e criticar o que percebe construindo, assim, progressivamente seu conhecimento.
Organizado, como recurso didático para oportunizar diversas atividades significativas e contextualizadas. O projeto escolar possibilita ainda integrar situações diversificadas nas quais o estudante poderá exercitar sua competência de reflexão e habilidade e de raciocínio para identificar e apropriar-se e dominar o conteúdo temático, além de outros saberes.

São indiscutíveis as vantagens do projeto quanto a seu papel de despertar no aluno o interesse pelas estratégias práticas usadas para captação de informações e esclarecimentos a respeito do tema-objeto pesquisado, as quais quando associadas e vinculadas às que ele já possui, se organizam pelas operações mentais e se transformam em novos conhecimentos.
É bom recordar aqui, que a “mola propulsora deste método de aprendizagem é uso do Por Quê ?
Ele levará à descoberta dos conceitos tão necessários ao aprendizado e sempre visados pelos projetos.
Trata-se, pois, de descobrir idéias, definições, significados de tudo que faz parte da realidade onde se vive e se relacionam ou caracterizam a conjuntos de seres, fatos ou situações.]
Os conceitos foram construídos ao longo dos tempos e tornaram-se  parte importante do conhecimento humano e continuam ainda ser ampliados, alterados pelo estudo e trabalho científico.


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