terça-feira, 26 de julho de 2011

ONDE ESTAMOS E O QUE FAZEMOS






Para satisfazer a curiosidade de quem nos faz essas indagações, temos o prazer de informar que moramos na pequena cidade de Lençóis, denominada a “Capital do diamante”, na Chapada Diamantina, em pleno coração da Bahia a 410Km de Salvador.
Para aqui viemos há quase uma década e fomos seguidos por familiares e amigos que decidiram para cá também se mudar enlaçados por nossa amizade e atraídos pelo clima ameno, os encantos e a tranquilidade interiorana da natureza.  

Omos um grupo formado por professores, biólogo, arquiteto, geógrafo, turismólogo, que sem interesse algum, preocupamo-nos com bela riqueza natural da Chapada Diamantina e procuramos contribuir com o desenvolvimento do Ensino, o Turismo urbano, o Ecoturismo  por meio de palestras, cursos e eventos culturais.
Para isso constituímos a Associação ECOVIVA e criamos o Blog  HAJA LUZ  para  ter apoio e poder promover a melhoria da Educação em todos os níveis, a preservação e a sustentabilidade dos recursos oferecidos pela natureza.

A cidade de Lençóis surgiu no século XIX, quando a partir de 1832, com a   liberdade de explorar garimpos, foram aparecendo condições favoráveis a desenvolver a procura econômica do diamante no interior da Bahia.
Na época a mineração do ouro já demonstrava decadência em Minas Gerais o que proporcionou a proliferação de garimpos no sertão baiano e formação de aglomerados urbanos, dos quais a cidade de Lençóis tornou-se o principal.

A história dos pioneiros da Chapada Diamantina está relacionada  com a descoberta por um tal vaqueiro Pedro Cruz, de pedras brilhando em pleno dia, no cascalho do rio Mucugê, que atraiu logo forasteiros e provocou uma corrida para a nova e rica lavra de diamantes pelo trabalho insano nas “catas”, a vida em tocas de pedra das quais ainda hoje restam  vestígios.

Aos poucos, a ganância de “encontrar mais pedras brilhantes”, levou a exploração mecânica mais acima a outras áreas do rio serrano até onde se situa hoje a cidade de Lençóis. Acredita-se que esse nome veio dos toldos brancos que os garimpeiros estendiam como coberturas para se protegerem do intenso sol, nos leitos e nos barrancos dos rios.
A denominação de “povoação dos lençóes” começou a identificar a localidade onde foram surgindo vendas, casas de negócios e de compradores estrangeiros das pedras preciosas, ou lojas de materiais de construção, de roupas e alimentos para ali trazidos de muito longe.

A riqueza advinda da garimpagem atraía ambulantes vendedores com famílias, exploradores aventureiros e gente de todas as classes que aqui se fixaram fazendo a “povoação dos lençóis” crescer dia-a-dia, a ponto de torná-la a mais importante da região diamantífera.
O rápido crescimento fez o já distrito de Lençóis, em 1856, ser elevado a vila com a denominação de “Comercial Vila dos Lençóes” e oito anos após recebia o título de “Cidade de Lençóes”.

A importância comercial de Lençóis e seu prestígio como centro dos movimentos políticos da Chapada, para aqui atraíram vultos ilustres da monarquia e da magistratura nacional, ricos fazendeiros do interior da Bahia, proprietários de engenhos e de oficinas, médicos, escritores, altos comerciantes que negociavam com cidades européias.
Lençóis cresceu com riqueza notável, cultura invejável, com gente possuidora de pianos, de roupas e mobílias importadas, morando em casario colonial que fazia orgulho à terra, cenário este de luxo e ostentação que era exibido em festas familiares e cívicas e permaneceu durante décadas.

Mas, se Lençóis que teve seu período diamantífero deslumbrante, infelizmente, também não escapou à fatalidade histórica da decadência com a proibição pelo governo das explorações mecanizadas do diamante.
Atualmente sua população sente na própria pele o desemprego e os danos irreversíveis da decadência e da pobreza atingindo boa parte de sua gente.

A reversão desse estado de coisas veio lenta nas últimas décadas  através da atração paisagística, do clima e da belíssima natureza da região os quais foram despertando o turismo estadual, nacional e internacional e constante chegada de novos moradores vindos de todo o Brasil e do estrangeiro.

Contribuíram muito para isso a construção de um grande e ótimo aeroporto, a melhoria e interligação de estradas federais e estaduais, o surgimento de pousadas, de albergues, de restaurantes e de excelentes hotéis.
A preservação do casario histórico e construção de inúmeras residências e a procura por descanso e a fuga das cidades grandes, são também fatores que contribuem para o progresso que se manifesta em Lençóis.

A Chapada Diamantina é uma região de 38.000km sendo o Centro Geodésico da Bahia com altitude média de 1000 m e tendo como porta de entrada a cidade de Lençóis  tombada desde 1973 pelo Patrimônio Histórico Nacional, famosa pelo seu casario colonial construído nos tempos áureos do garimpo.

A Chapada Diamantina tornou-se a principal atração turística da Bahia por ser Parque Nacional dividido em Áreas de Proteção Ambiental (APAS), desde 1985 e oferecer uma geomorfologia maravilhosa com montanhas, vales, rios, inúmeras cachoeiras, grutas, cavernas, marimbus e cânions.
Possui importante biodiversidade e subsolo rico em ouro e diamantes.
É um oásis no sertão com temperatura amena e fria e clima heterogêneo.
Apesar de todos esses belos aspectos, a região tem uma população pobre, conseqüência do fechamento dos garimpos de diamantes e  carece de desenvolvimento Científico, Cultural e Industrial.

Lençóis é o centro de convergência da região com seus 14.000 habitantes.
Possui rede de hospedagem com ótimos hotéis, muitas e boas pousadas, albergues, campings e vários restaurantes e bancos e Agências de turismo que facilitam usufruir as atrações turísticas, passeios e trilhas.

Numerosas são as Áreas de Estudos a serem exploradas na região como:
Meio ambiente, História, Geografia, Geologia, Antropologia, Sociologia, Arquitetura, Dialetologia, Mineralogia, Espeleologia, Hidrografia, Biologia, Climatologia, Folclore, etc
Outra riqueza são Sitios arquelógicos que aqui se encontram com Pinturas rupestres, ossadas pré-históricas de preguiças gigantes e outros.  
                              




Nenhum comentário:

Postar um comentário