Em
1500, tantas eram muitas as intrigas comerciais e políticas entre Portugal e
Espanha pela posse das Ilhas Molucas, na Ásia, ricas em especiarias e que pelo
tratado de Tordesilhas estariam, fora do
domínio português que o navegador Fernão de Magalhães nascido por volta de
1480, em Sabrosa em Trás-os-Montes – Portugal, resolveu descobrir outra rota
marítima para ir buscar no Oriente seus disputados e famosos produtos.
Experiência
não faltava a esse homem pois estivera oito
anos na Índia e lutou nas conquistas da África, mas foi afastado da corte
portuguesa por D. Manuel. Sentindo-se
alvo de injustiça, Magalhães dedica-se por inteiro, juntamente com o cosmógrafo
Rui Faleiro, a traçar um plano de uma navegação para provar que as ilhas
Molucas se encontravam fora do domínio português definido pelo Tratado de
Tordesilhas (1494).
Dirige-se então para a Espanha e
ali obteve a anuência do rei espanhol (futuro imperador Carlos V) para
organizar uma esquadra de cinco naus que ele comandria.
Ali,
sem dúvida alguma, era tido como
um dos grandes navegadores quinhentistas e conseguiu idealizar, conceber e
preparar, com persistência e vontade inabalável, uma das maiores façanhas do
seu tempo: a primeira volta à terra por mar, ou circum-navegação com cinco
naus sob seu comando.
Magalhães
preparou uma frota com a tripulação de 265 homens sendo 178 espanhóis, 40
portugueses, marinheiros e mercadores gregos, italianos, alemães patrocinadores
e auxiliares negros.
Abasteceu-se
com pão, peixe e toucinho defumado, azeite, lentilhas e outros alimentos e 2,5
toneladas de pólvora.
Saiu
de San Lúcar la Mayor
no sul de Andaluzia – Espanha no dia 20
de Setembro de 1519, passou o
estreito de Gilbraltar e desceu pelo Atlântico até o rio de Janeiro onde em 1519 a pequena armada aportou.
No mês seguinte penetro no Rio da
Prata; em finais de Março de 1520 fez a sua entrada no estreito de Magalhães
que viria a ter seu nome.
Somente em Novembro de 1520 os
navios entraram no Oceano que batizou de Pacífico, ou mar de águas calmas, em virtudes de não ter encontrado tempestades.
Chegou
às ilhas Filipinas e em Cebu numa emboscada em 1521 morreu de uma flechada com
outros companheiros em luta com nativos escondidos nas matas que também destruíram
dois navios que se abasteciam de água.
Restaram
3 navios, mas pouco depois um incendiou-se e o outro afundou.
A esquadra reduziu-se só à nau
"Victoria", comandada pelo espanhol Sebastião Delcano, que continuou viagem
pela rota do cabo sul da África até Cabo Verde já descoberto pelos portugueses,
onde conseguiram alimentos para prosseguir a viagem.
Dali o navio seguiu rumo à Espanha e chegou a San Lucar em
06 de Setembro de 1522 com uma tripulação de apenas 18 homens!
Estava concluída a primeira viagem
à volta do Mundo em três anos em caravelas e muita coragem.
Muitos paradigmas geográficos
caíam assim por terra. Tal viagem terá de ser obrigatoriamente entendida à luz
das estratégias e ambições da época, dos problemas políticos, da rivalidade
entre os reinos ibéricos.
Apesar de todas estas peripécias
cabe a glória e o mérito deste feito ao navegador português Fernão de Magalhães
que realizou a primeira circum-navegação
da terra, provando aos descrentes de então que ela é redonda.
Referências:
Anotações
de leituras e pesquisas na internet.
Para quem gostou desse artigo, veja o filme da família Schürmann:
ResponderExcluirhttp://veevr.com/videos/6wTQSjDgx
É muito bom!