quinta-feira, 2 de junho de 2011

Poema - Homenagem a Lençóis

HOMENAGEM  A  LENÇÓIS

                                    Por: Prof. Jorge S Martins


Amigo visitante !
A terra que pisas é sagrada.

Já foi um santuário ecológico

que mãos devastadoras profanaram.

Em tuas caminhadas, admira a natureza
e não te espantes com as tristes ruínas que encontrarás!
Elas são o testemunho inerte do que pode fazer
a ganância e a ambição humanas.
Daqui saíram a riqueza de poucos e a miséria de muitos!

Amigo turista !

Comove-te com a natureza entristecida
enquanto suas dores não acabarem.
Respeita-a  quanto puderes
e torna-te um defensor do equilíbrio natural
rompido pelo homem devastador.
Observa preocupado
como aqui foram descumpridas
as três leis da Ecologia;
- Vê como quebraram
a interdependência dos elementos naturais.
- Ao destruírem  um,  prejudicaram os demais.
- Esqueceram que os elementos da natureza são finitos.

Amigo trilheiro !
Vem usufruir deste clima maravilhoso,
Das matas, abrigo de animais silvestres,
Do frescor das águas, das cachoeiras caindo da serra,
Das inúmeras misteriosas grutas...
Pára um minuto. Procura uma sombra. Descansa.
Fecha os olhos e escuta o choro do Vento nas escarpadas,
O murmúrio das Águas nas pedras, a cantilena das aves.
Ouve, também, os gritos de socorro
saindo das crateras tumulares, de onde esqueléticos
braços desnudos
levantam-se para o céu, pedindo compaixão !

Acreditamos que diante daquilo que vês
ficarás sensibilizado como ser humano e, quem sabe,
talvez  uma oculta e sentida lágrima umedeça teus olhos.

Participa conosco de uma nova consciência ecológica,
nada fazendo que agrida este monumento fantástico
que Deus nos deu e queremos legar perfeito a outras gerações
para que elas  nos elogiem e abençoem.
Ajuda-nos a reconstruir o que os antepassados destruíram,
por tanto tempo, sem pensar em nós.

Caro, turista !

Antes de partires, lança um último olhar de despedida
para a terra que visitastes, atira-lhe uma flor silvestre
como homenagem tua, e, para onde fores e onde puderes,
planta ou beija uma árvore, como dádiva à natureza-mãe.



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